AGRUPAMENTO DE ESCOLAS AFONSO DE PAIVA
ESTABELECIMENTO PRISIONAL DE CASTELO BRANCO
A continuidade da formação em tempo de pandemia: o ensino não presencial no Estabelecimento Prisional de Castelo Branco
Atendendo ao estado de emergência decretado em Portugal devido à pandemia provocada pelo Covid-19, as aulas presenciais no Estabelecimento Prisional (EP) de Castelo Branco, tal como nos demais Estabelecimentos, foram interrompidas. Devido a tal facto, era imperioso implementar uma estratégia funcional que minimizasse esta contrariedade. Atendendo a que não poderíamos recorrer às plataformas digitais utilizadas nas escolas, a solução implementada no EP de Castelo Branco, foi a seguinte e que passo a relatar.
Em reunião tida, na semana seguinte à interrupção das atividades presenciais, entre a Diretora do Estabelecimento Prisional, Chefe de Guardas e Coordenador Pedagógico do EP, decidiu-se que, cada docente faria chegar ao Coordenador Pedagógico, via e-mail, os materiais que considerasse oportunos para cada uma das turmas que leciona.
O Coordenador Pedagógico recolhia esses materiais, elaboraria uma brochura destinada a cada uma das turmas ou formandos específicos. Via e-mail, essa brochura é enviada para o EP, ao cuidado do Técnico Superior de Reeducação responsável pelo ensino, que manda fotocopiar, identifica com o nome do formando correspondente e faz chegar a cada um dos formandos. Este processo tem-se mantido quinzenalmente.
Elaborados os materiais, os formandos entregam-nos ao Técnico que, por sua vez, os remete ao Coordenador Pedagógico e este aos respetivos professores, que os corrigem e procedem às devidas anotações. Finalmente, os materiais pedagógicos, já corrigidos, voltam novamente para os respetivos formandos, através do Coordenador Pedagógico e do Técnico de Reeducação.
Este processo mantem-se desde o início da pandemia e tem-se mostrado funcional. Os formandos aderiram ao mesmo e têm mostrado empenho na realização das tarefas propostas.
Saliente-se a excelente colaboração existente entre todos os envolvidos: Direção do EP, Técnicos de Reeducação, Chefia de Guardas e respetivo grupo de Guardas Prisionais, sem a qual este processo não poderia ser implementado.
Carlos Fernandes
Coordenador Pedagógico